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(10 Avaliações)Reportagem SA+ - 13/10/2022
A meta é investir R$ 660 milhões em 2023, mais do que foi investido em 2022 e 2021
Foto: Divulgação
O Grupo Pereira segue fazendo mudanças visando a abertura de capital e também, um possível processo de sucessão. O movimento ganhou força com o avanço das vendas do atacarejo após as últimas crises, que levou a um aumento do interesse do mercado pelo segmento e a um amadurecimento da própria rede em relação a essas agendas.
Nos últimos dois anos, a empresa avançou no modelo de governança corporativa - um acordo de acionistas entre membros da família foi finalizado e um conselho consultivo, com sete membros, incluindo dois independentes, foi criado.
O diretor Lucas Pereira Guanabara Santiago, filho de um dos sete irmãos da segunda geração da família fundadora, vem sendo apontado no setor como o nome que pode liderar a empresa nessa nova fase ou numa transição de comando no futuro.
De acordo com o executivo, a empresa, que entrou no radar dos investidores desde 2020, quando abriu capital, pretende abrir em São Paulo 10 unidades em dois anos, e entrar no Rio Grande do Sul, com a inauguração de cinco lojas em 2023. A primeira unidade paulista foi aberta em Jundiaí, em março deste ano. Para o ano que vem, a meta é investir R$ 660 milhões, valor superior aos R$ 600 milhões deste ano e aos R$ 400 milhões de 2021.
O executivo explica ainda que à época da abertura de capital a empresa não considerou o IPO porque a ideia era ter uma governança suficiente para estar estruturada, quando for o momento oportuno. “Foi até bom, eu agradeci o Ilson [Ilson Mateus, fundador do Mateus], porque quando ele fez a oferta foi também uma prova de que dá certo, e eu pude mostrar isso para eles [os acionistas]. Coisas que discutíamos há tempos me deixaram fazer, o que faltava em governança, nós terminamos. Estamos hoje melhor preparados caso a oportunidade surja”, diz.
No ano passado, a empresa tornou-se sociedade anônima, para a emissão de R$ 300 milhões em debêntures. Segundo fontes do mercado, nos últimos anos a empresa foi procurada por redes de atacarejo interessadas em comprar a operação.
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Fonte: Valor Econômico