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(1 Avaliação)Reportagem SA+ - 06/10/2023
Saiba quais são os principais entraves, como minimizar erros e maximizar os benefícios para a rede
Foto: Adobe Stock
É preciso se preparar para as comemorações do último trimestre com antecedência. No caso da Black Friday, por exemplo, o ideal é que os preparativos se iniciem entre junho e julho. Essa antecipação é necessária para garantir que os clientes saiam satisfeitos e que sua loja não tenha nenhum prejuízo, porém ainda há tempo para alguns ajustes.
Sendo assim, conversamos com Jean Mellé, sócio da PwC , sobre como é preciso estar atento para o dia marcado pelas promoções e o Natal – duas datas importantes para o varejo alimentar.
Jean Mellé Divulgação - PwC Brasil
Black Friday
Tradicionalmente comemorada no fim de novembro, a Black Friday impacta o varejo como um todo, e apesar do setor não alimentar ser o que mais recebe um aumento nas vendas, as práticas dentro do alimentar tem crescido nos últimos anos.
Os planejamentos desta data precisam levar em consideração a estimativa de faturamento geral e por categoria de produtos, quais serão os fornecedores, quais SKUs, espaço em loja, quantidade de colaboradores trabalhando na data, etc. Também é necessário se certificar de que o site está funcionando e aguenta o possível aumento de tráfego.
Consumidores esperam por promoções que se destaquem entre as demais, entretanto a falta de produtos, erro na precificação e atraso nas entregas das compras online são fatores que podem prejudicar não somente o cliente final, mas como a loja.
Segundo Mellé esses erros e falhas tanto no e-commerce como na loja física são um risco, pois há chances de o consumidor expor sua insatisfação com o problema nas mídias sociais ou outros canais “e um impacto negativo na imagem do varejista é pior do que um impacto negativo financeiro”.
Em relação às promoções, Mellé destaca que nessa época a personalização não faz tanto sentido, pois o período exige uma estratégia mais massiva. Além disso, o empreendedor afirma que as redes precisam estar atentas com o estoque e ter um dinamismo para que assim que um produto esgotar, outro entre em seu lugar.
Por fim, Mellé destaca: é preciso que as promoções sejam reais, de nada adianta uma oferta de um produto pela metade do dobro. “O consumidor está muito bem-informado. Por exemplo, quando consulta o preço da cerveja pela internet, rapidamente consegue comparar os valores com outros varejos”, afirma.
Tal informação é reforçada pela pesquisa A Global Consumer Insights Survey de setembro de 2023 realizada pela PwC. De acordo com os dados, 63% dos brasileiros buscam produtos em plataformas como o Google e em segundo lugar vem os sites dos varejistas. Além disso, 51% dos brasileiros usam celular enquanto estão andando pelos corredores da loja.
Segundo representantes da PwC, tal levantamento reforça a importância de ter um bom planejamento e comunicação nos canais online, assim como a existência da pesquisa por parte dos consumidores não somente antes da compra, mas também durante a compra, muitas vezes na própria loja física.
Natal
No caso do Natal, a lógica promocional se torna mais complexa pelo período de compras ser mais extenso. É preciso organização para balancear e otimizar a quantidade de vendas, margem e pico de aquisições, além de procurar e aplicar as melhores práticas para maximizar os resultados.
Um exemplo são as carnes tradicionais do feriado, como o chester, peru e pernil , consumidas em sua maioria pelas famílias nos dias 24 e 25 de dezembro e compradas antes dessa data.
“Eu posso deixar o mesmo preço até o final ou posso ir abaixando o preço ao longo do tempo. Como é que eu opero isso? Hoje em dia você tem muita tecnologia de estatística que consegue verificar dados dos anos anteriores, que considera a canibalização entre produtos, a localização da loja, por exemplo bairros mais ricos ou não – e que vão te ajudar a definir a melhor promoção”, explica Mellé.
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