Duas das maiores indústrias do segmento de proteína animal surpreenderam o mercado ao anunciar que negociam uma fusão. Caso o acordo entre a BRF e a Marfrig se concretize, surgirá uma uma companhia global que já nasce com faturamento acima de R$ 80 bilhões.

A troca de ações para viabilizar a fusão deve ser feita com base no valor médio das ações das duas companhias nos últimos 45 dias. Dessa forma, a dona de Sadia e Perdigão deve ficar com 85% de participação na nova empresa, enquanto a Marfrig teria 15% das ações. Um termo foi assinado para que a negociação seja exclusiva entre ambas as empresas pelos próximos 90 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias. 

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As duas companhias ficaram mais próximas desde o fim do ano passado, quando a Marfrig comprou da BRF uma fábrica de hambúrguer em Mato Grosso e também adquiriu a empresa argentina Quickfood. Desde então, as empresas mantêm contato permanente, uma vez que os hambúrgueres das marcas Sadia e Perdigão passaram a ter produção terceirizada à Marfrig.

Durante o período de negociação, o Citi dará assessoria financeira para a BRF, enquanto o J.P.Morgan irá assessorar a Marfig. Caso a fusão seja confirmada, a BRF passará a ter uma operação semelhante à estratégia adotada com sucesso pela JBS, que inclui diversificação geográfica e portfólio com diversidade de proteínas, como frango, suínos e carne bovina. Desde 2014, a BRF não opera com carnes bovinas, segmento em que a Marfrig é muito forte. 

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