Ser líder requer bem mais do que preparo técnico. Exige grandes cuidados em muitos aspectos, inclusive naquilo que é dito para a equipe e, claro, na forma como essa comunicação acontece. "As palavras possuem um peso ainda maior numa posição de destaque, por isso é importante estar atento ao uso de discursos ou palavras que podem soar negativas ou ser mal interpretadas", destaca a empreendedora, coach e palestrante  Renata Tolotti .

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De acordo com a especialista, essa consciência deve ir além da linguagem para que a imagem do superior não fique desgastada. A recomendação principal é evitar alguns hábitos que não geram bons resultados diante da equipe.

Um dos costumes a serem evitados é o de opiniar sobre todos os assuntos, tentando agregar conhecimentos em absolutamente toda conversa, algo que pode fazer com que a sua equipe perca autonomia. Outro erro sério é o hábito de não escutar, considerado por Renata a forma mais passiva e agressiva de desrespeito pelos colegas.

Comentários destrutivos e sarcásticos podem ser recebidos de forma bastante negativa pela equipe. Muitos líderes cometem esse erro por achar que comentários cortantes os fazem soar vivos e espirituosos.

Renata Tolotti também alerta para os riscos de começar as frases com “mas”, “não” e também de recorrer à expressão “de qualquer forma”. "O uso excessivo dessas palavras negativas faz com que qualquer frase soe como: 'eu estou certo, você está errado'. Além disso, não perca tempo tentando obter o que as pessoas não têm. Trate de estimular o que equipe, ou o colaborador, já têm", analisa a palestrante.

Outra falha recorrente em algumas pessoas com posição de liderança é o egocentrismo, ou seja, uma necessidade excessiva de ser o centro das atenções. Nesse caso, a recomendação é ser sucinto e ter zelo ao exaltar as próprias virtudes. "Quem convive com pessoas de sucesso entende que eles estão nessa posição por mérito e, ao exaltar determinadas competências, o efeito pode ser exatamente o contrário do desejado", explica.

"O líder precisa aprender que o seu poder de alavancagem depende muito mais de sua humildade e capacidade de apoiar seus colaboradores do que da sua capacidade técnica. Suas competências básicas são a delegação e o empowerment, a defesa da visão e o comportamento coerente com os valores", lembra Renata Tolotti.

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