Categoria cresce 52%, é rentável para o varejo e pode atrair mais clientes

Os alimentos plant-based possuem tíquete médio 43% mais alto e podem conquistar uma boa fatia dos 86% de brasileiros que não são veganos ou vegetarianos, mas querem produtos saudáveis e saborosos

As proteínas vegetais têm uma característica em comum para o consumidor e para o varejo: a versatilidade. Para entender: seja qual for o formato de loja, esses produtos reúnem uma série de benefícios para os negócios, a começar pelo crescimento de 52% ao ano no Brasil. Também contam com um potencial de avanço enorme, uma vez que estão presentes em uma quantidade ainda pequena de lares. E mais: podem entrar no dia a dia do consumidor como uma opção a mais de proteína, ao lado das bovinas, suínas e de frango (daí a versatilidade para o público final). Usando um jargão do momento: não é “um ou outro”, mas todos os tipos de carnes. 

Justamente por conta disso, a categoria traz a oportunidade para o varejo de atrair novos consumidores, aumentar os gastos deles nos supermercados e garantir rentabilidade. Para se ter uma ideia, seu tíquete médio é 43% mais alto, de acordo com a Nielsen⁽¹⁾. Outro ponto relevante é que, segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira, as pessoas veganas e vegetarianas representam cerca de 14% da população. O que significa que há uma fatia de 86% que, se ainda não foi “fisgada” pelos benefícios das versões plant-based, podem se juntar ao grupo se conhecerem melhor a categoria e encontrá-la mais facilmente nas lojas. 

Investimento e desenvolvimento

Ciente disso, a marca Incrível , líder da categoria em share valor e volume⁽²⁾, tem investido para desenvolver o mercado de proteínas vegetais. Além de realizar pesquisas sobre o shopper desses produtos, tem aprimorado sua linha, o que passa tanto pela formulação quanto pela apresentação. Nesse último quesito, as embalagens passaram por uma modernização para tornar os benefícios ainda mais visíveis ao consumidor. 

A principal característica ressaltada é ser 100% vegetal, informação que agora vem em tamanho maior para atrair rapidamente a visão do consumidor. Entre os demais pontos destacados nas embalagens, estão o fato de os produtos serem livres de conservantes, sem colesterol e ricos em proteínas e de terem alto valor nutritivo. Ativações de trade, envolvendo degustações, promoções e iniciativas online, também estão no planejamento de Incrível. 

Mix com foco no shopper

Um sortimento capaz de cobrir as expectativas de quem compra e consome a categoria também faz parte da estratégia da marca. “Contamos com o maior portfólio de produtos à base de plantas do mercado”, avalia Gabriela Pontin, Diretora Executiva de Negócios – Alimentos Base Vegetal de Incrível, que, além de produtos plant-based, engloba também margarinas como Doriana, Delícia e Primor. 

A linha possui versões nos segmentos de cortes, petiscos e pratos prontos, o que atende a busca do consumidor por conveniência. Além disso, os produtos são acessíveis, contribuindo para aumentar a penetração da categoria em todas as classes sociais. 

Aposta do varejo 

Em países onde a categoria está mais desenvolvida, varejistas que apostaram de forma pioneira na categoria se tornaram referência nesses produtos, à frente de seus concorrentes. É o caso dessas duas empresas: 

• Whole Foods: a varejista dos EUA tem investido nos alimentos à base de plantas, especialmente os que são clean label e saudáveis. Para a rede, independentemente da motivação, as pessoas que compram a categoria estão em busca de produtos saborosos, atributo que também foi identificado por Incrível como um dos mais procurados pelos shoppers
• Albert Heijn: a rede supermercadista da Holanda acredita tanto no mercado de plant-based que tem a pretensão de que, até 2030, todos os seus produtos sejam à base de plantas 

(1) T. Congelados – PlantBases – T. Brina + C&C - Retail Index 2020x2021

(2) Nielsen Retail Index | T. Brasil INA+C&C | YTD Nov 2021 | T. Congelados Almôndega, Cortes, Hambúrguer, Kibe, Pequenos Moldados, Pratos Prontos e Steak