Atacarejo com inovação é a proposta do Muffato para novas cidades no Estado de São Paulo

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Alessandra Morita - alessandra.morita@savarejo.com.br -

Com novidades e serviços, 6ª maior empresa do setor segue acelerando conversões de lojas. O anúncio mais recente é o da unidade de São Bernardo do Campo, cujo investimento é de R$ 65 milhões


Foto: Divulgação

O ano de 1973 foi marcado pela inauguração da segunda loja do Makro no Brasil, localizada na Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. No ano seguinte, na cidade de Cascavel, no Paraná, surgia a varejista Muffato. Quarenta e nove anos depois, os dois acontecimentos se cruzam, quando a empresa paranaense anunciou a compra de 16 lojas do Makro em janeiro último.

Entre elas, está a unidade de São Bernardo do Campo, atualmente em obras para ser transformada na bandeira de cash & carry do Grupo Muffato , a Max Atacadista. O investimento será de mais de R$ 65 milhões em uma área construída de 16.000 m². Só o estacionamento coberto vai contar com quase 6.000 m². 

“Vamos mostrar ao consumidor final e ao comerciante as vantagens do Max Atacadista, um atacarejo democrático, que opera com todos os meios de pagamento. Ele traz um conceito inovador, com uma gama de serviços maior e 14.000 itens, sendo que a média do mercado é de 8.000”, afirmou Ederson Muffato, diretor do Grupo Muffato, durante o lançamento da nova filial ontem (20/09). 

Com inauguração prevista para 05 de dezembro, a loja contará com terminais de vendas diferentes, conectividade e caixas de autoatendimento. “A pegada tecnológica faz parte do DNA do Grupo em todas as bandeiras. Temos uma veia de inovação que vem desde a nossa fundação”, ressaltou o diretor da varejista. Outro diferencial serão as linhas de carnes bovinas e suínas, provenientes do Muffato Foods, a central de processamento da companhia. No portfólio de serviço, estarão incluídas as seções de padaria e rotisseria, além do próprio açougue. 

Somam-se a isso lojas de apoio terceirizadas, que vão gerar oportunidades para os empreendedores locais. O mesmo acontece com os produtos de fabricantes regionais. “A nossa área comercial tem a missão de sempre procurar fornecedores locais pequenos, médios e grandes”, comentou Ederson Muffato. 


Foto: Divulgação

Ele também comentou que a ideia é não é ficar apenas na antiga loja do Makro na cidade. “Queremos construir uma relação com a sociedade, os consumidores e os colaboradores. Não tratamos nosso cliente como um número frio. Estamos focados no chão da loja. Nossos gerentes têm o DNA de atender, de estar no balcão, na frente de caixa para dar agilidade, etc., sempre buscando entender o consumidor”, ressaltou. 

“De nada adianta uma grande estrutura se não oferecermos o básico de um serviço ou um serviço que construa uma relação de confiança de médio e longo prazo com o cliente. Essa é a nossa essência e é isso que queremos trazer para cá, a fim de construir nossa história aqui”, completou. 

Atacarejos ou supermercados?

O Grupo Muffato vem ampliando sua presença no Estado de São Paulo por meio das lojas adquiridas do Makro, que já operavam no modelo de cash & carry. Devido sobretudo a essa similaridade, as conversões estão sendo feitas para a bandeira Max Atacadista. Mas está no radar da empresa a possibilidade de implementar suas marcas de varejo nas novas cidades de atuação, como Guarulhos, Sorocaba, São Paulo, Santo André e a própria São Bernardo, entre outras.

“Em nosso planejamento estratégico, definimos ter os dois formatos nas localidades onde estamos”, afirmou Ederson. Seguindo essa estratégia, a Grupo conta com vários modelos, como os supermercados tradicionais, premium e gourmet e a loja 100% autônoma, a primeira do hemisfério sul, localizada em Curitiba sob a marca Muffato Go

O diretor do Grupo avalia que o cash & carry vem absorvendo a missão de abastecimento dos hipermercados, especialmente na última década, em função da sua competitividade de preços, proveniente do baixo custo operacional. “Começamos com o modelo de atacarejo há quase 20 anos, com a loja de Foz do Iguaçu e viemos aprendendo e evoluindo com esse formato. Por isso, acreditamos que o supermercado que quiser sobreviver nesse ambiente mais competitivo do cash & carry deverá focar mais os serviços, com o intuito de o cliente perceber essa proposta de valor”, enfatizou. 

Nessa linha, ele acredita que os supermercados deverão estar mais voltados para nichos, como os setores de saudáveis, de perecíveis, de padaria e de confeitaria, além de operar com hortifrútis mais elaborados. Já ao atacarejo, afirma o diretor do Grupo, cabe o cuidado para evitar que os custos aumentem a ponto de não conseguir manter uma boa diferença de preços com o varejo. 

Potencial de consumo e negócios

A cidade de São Bernardo do Campo tem apresentado indicadores positivos para a realização de negócios pelas empresas, além da sua capacidade de consumo, avaliou o prefeito, Orlando Morando (PSDB). Segundo ele, o Caged (levantamento do Governo Federal que apresenta o saldo entre aberturas e fechamento de vagas formais de emprego) é positivo desde o início do ano passado. “Estamos liderando esse indicador”, afirmou durante o lançamento do Max Atacadista. 


Ederson Muffato, diretor do Grupo Muffato (à esq.), e Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo (SP)

O prefeito ressaltou também melhoras em indicadores de violência e de industrialização, medidos por meio de rankings conduzidos por institutos independentes. “Continuamos sendo uma cidade muito favorável para a geração do emprego na indústria e passamos a ter um polo logístico importante. Temos mais de 1 milhão m2 de galpões em obra”, afirmou. 

Morando ressaltou ainda a importância do investimento que está sendo feito pelo Grupo Muffato. “É uma satisfação recebermos uma unidade de uma das maiores redes de varejo do Brasil, principalmente em um local que nos remete a grandes lembranças do passado [a antiga unidade do Makro]”, comentou. Segundo ele, a nova loja representa, além da importância do investimento, a recuperação do espaço, geração de postos de trabalho e maior concorrência. “Quem ganha é a cidade e o consumidor”, concluiu. 

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