Atacadão investe em lojas menores e quer chegar a 470 unidades até 2026

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Reportagem SA+ -

Expansão se dará por aberturas orgânicas e conversões das lojas do Grupo BIG

Foto: Divulgação

Depois da aquisição do Grupo BIG, agora o Atacadão trabalha para elevar o número de lojas de 296 para 470 até 2026. Para isso, a empresa está investindo em lojas menores para acelerar sua expansão e manter-se na dianteira do setor. De acordo com Marco Oliveira, CEO do Atacadão, hoje o modelo de lojas tem 3,5 mil m². “Esse modelo nos abriu um novo horizonte. Nossa expansão não virá 100% desse formato, mas ele será o preponderante”, afirma.

Até 2026, o plano inclui a conversão de 70 lojas do BIG, e uma média de mais de 25 aberturas orgânicas por ano. Nas duas frentes, a proposta é ter lojas de 3,5 mil m² ante o modelo habitual de 6 mil m².

O investimento nesse modelo é cerca de 30% menor. Em termos de sortimento, o volume cai de 8 mil itens para 6,5 mil SKUs, porém, sem prejuízo de categorias. Nesse caso, a empresa reduz, por exemplo, os tamanhos disponíveis de embalagens.

Desde a aquisição do Atacadão, em 2007, o Carrefour vem mantendo seu calendário de expansão, e o ritmo de crescimento vem acompanhando o segmento de atacarejo. De acordo com Oliveira, esse modelo de loja se encaixa em dois eixos: as regiões mais adensadas e centrais das grandes cidades, onde há falta de terreno. E nas cidades menores, de 100 habitantes, onde há o terreno, mas não o potencial econômico para uma loja maior.

O executivo revela ainda que a escolha de novos pontos não irá priorizar nenhuma geografia do País e será definida, loja por loja, com base nos critérios de consolidação, defesa e conquista. “Os seja, as cidades que já comportam uma segunda loja, aquelas nas quais preciso construir uma nova unidade para antecipar o crescimento e fazer uma barreira de entrada para a concorrência e aquelas em que ainda não temos presença”, explica.

Até o fim deste ano, o Atacadão planeja concluir 37 conversões.

O Assaí, que tem mais de 230 unidades e é a principal concorrente do Atacadão, reforçou esse viés de consolidação do setor ao comprar, em outubro de 2021, 71 unidades do Extra Hiper, das quais, projeta converter 45 ainda este ano.

“O Atacadão fez movimentos inorgânicos antes do Assaí, o que ajuda a explicar o fato de ter mais escala”, afirma Danniela Eiger, analista de varejo da XP. “Por outro lado, o movimento do Assaí com o Extra foi mais ágil, pois eles estavam sob o mesmo controlador, enquanto o Atacadão teve que seguir todo o trâmite tradicional com o BIG”.

Essa competição por metros quadrados não está restrita aos dois grupos. Redes regionais como Grupo Mateus, Muffato e Grupo Pereira, vem avançando nessa frente.

Oliveira disse ainda que está atento as oportunidades do mercado. “Há muitas redes regionais fortes, mas também existem muitas redes locais, de três a quatro lojas. Estamos sempre atentos. No futuro, elas também podem ser uma oportunidade de M&A”, afirma.

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Fonte: Neofeed

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