4 exemplos de como redes internacionais estão vendendo mais saudáveis

Redação SA Varejo - redacao@savarejo.com.br -

Pensar em estratégias diferentes é essencial para explorar ainda melhor um mercado que não para de crescer

O interesse de governos e legisladores em incentivar o consumo de alguns alimentos e restringir o uso de outros para reduzir os gastos públicos com saúde está repercutindo fortemente no varejo mundial. Da mesma forma, a confiança das pessoas na longevidade crescente vem influenciando suas escolhas alimentares e as compras em supermercados. As feiras orgânicas e os corredores com cereais integrais, itens sem lactose ou glúten, entre outros, se espalham pelo País, mesmo com a crise econômica que limitou o consumo. A demanda pelo saudável vem se manifestando de várias formas, de maneira firme e consistente. E os olhares do varejista devem se ampliar para o sortimento, novos serviços, novas bandeiras e até novos tipos de lojas. Acompanhe algumas iniciativas:

 

01. Produção perto da loja

Nos Estados Unidos e na Europa a valorização dos alimentos cultivados localmente já é bem forte, e por diferentes razões: estímulo ao desenvolvimento econômico da região (maior consumo), transporte rápido e barato, maior facilidade na negociação de preços e valorização da identidade local. O mercado americano, além de aumentar o sortimento, realiza eventos tipo “vamos conhecer o fazendeiro” e firma parcerias com operações agrícolas verticais para produzir alimentos a poucos quilômetros de distância. É o caso das marcas Gotham Greens e da Bright Farms .

02. Aconselhamento nutricional

Nutricionistas dentro das lojas para orientar a dieta dos clientes se multiplicam nos Estados Unidos. Segundo o relatório de 2018 do US Grocery Shopper Trends, publicado pelo Food Marketing , 55% dos consumidores vêm sua principal loja de alimentos como aliada nos esforços de seu bem-estar. E os próprios varejistas (81% deles) enxergam os programas de saúde dos supermercados como uma oportunidade de crescimento dos negócios para o setor. Está certo que a obesidade nos EUA é muito elevada e existem várias doenças decorrentes desse mal, e de outros. Mas, no Brasil, o potencial de um nutricionista para orientar o consumo também é animador. Um nutricionista tanto pode estimular a compra de diferentes tipos de carne (bovina, suína, de aves e peixes) como propor equilíbrio entre o consumo de produtos mais açucarados ou com excesso de gordura e o de alimentos mais naturais e frescos.

03. Associação com hospitais

Ainda nos EUA, onde médicos se debruçam sobre o cardápio dos pacientes, alguns supermercadistas estão enxergando oportunidades de vendas e de maior conexão com a comunidade. A loja Basics Market, de Portland, Oregon, foi instalada no térreo de uma clínica médica, que estimula seus pacientes a adotar alimentos benéficos para a saúde. E a própria loja desenvolveu um programa de educação alimentar, com aulas interativas de culinária. A proposta do Basics Market é encorajar o consumo de comida feita em casa.

04. Cultivo na própria loja

Os varejistas também estão levando plantações para dentro da loja. Segundo o site Grocery Dive , uma startup de agricultura orgânica, a Smallhold , com sede em Nova York, monta expositores de cultivo dentro dos supermercados, o que faz sucesso entre shoppers e crianças. E, no ano passado, a rede Hy-Vee construiu muros hidropônicos de quase 2,5 m de altura fora de sua loja em Davenport, Iowa, que chega a fornecer até 22 kg de verduras para a loja a cada semana. Em Montreal, Canadá, um supermercado IGA dispõe de uma plantação no terraço de 2.322 m2, com 30 variedades diferentes de produtos orgânicos certificados, incluindo tomate, alfont-family, rabanete, couve, berinjela e manjericão.