O objetivo é expandir o portfólio de saúde no Brasil e acelerar a participação nesse mercado
Foto: Divulgação
A operação brasileira da Nestlé anunciou a aquisição da Puravida, empresa de alimentos e suprimentos naturais. A compra foi feita pela Nestlé Science (NHSc), unidade de negócios nutrição e suplementos da companhia, e está em linha com o crescimento da categoria e movimento da empresa no mundo. O valor da operação não foi revelado.
A Puravida produz alimentos orgânicos, naturais e à base de plantas, suplementos nutricionais “clean label” (produtos com alimentos naturais e sem inclusão de aditivos) e cosméticos. No ano passado, a empresa registrou crescimento de 42% no faturamento ante 2020 para R$ 295 milhões. Para este ano, a expectativa é de a receita apresente expansão de 45%, somando cerca de R$ 430 milhões.
De acordo com Marcelo Melchior, presidente da Nestlé no Brasil, o negócio vai contribuir para a multinacional expandir seu portfólio de saúde no país e acelerar a participação nesse mercado. “É onde achamos que podemos acelerar e agregar”, afirma.
Monica Meale, executiva que comanda a NHSc, destacou que a pandemia do Covid-19 fez crescer a demanda por maior prevenção e fortalecimento da saúde e bem-estar. “Vitaminas e minerais são uma categoria que está crescendo a duplo dígito. Essa estratégia de prevenção e participação da nutrição é o que nos fez olhar mais para empresas como a Puravida”, diz.
Melchior ressalta ainda que um tipo de produto que pode ganhar escala dentro da estrutura da Nestlé são os ‘superalimentos’, ingredientes que têm alta carga de nutrientes, como o açaí ou a acerola. No caso da Puravida, elas são vendidas em forma liofilizada, processo que transforma a fruta em pó, conservando 98% de suas características nutricionais. “Podemos fazê-los muito mais massivos e chegar à população em geral”, afirma.
A expectativa é de que a Nestlé traga a ‘expertise’ em presença da marca nos pontos de venda para a empresa, que é nativa digital. Atualmente o portfólio da Puravida tem 160 itens, distribuídos majoritariamente (65%) nas vendas diretas ao consumidor e 35% por distribuidores.
A aquisição ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a estimativa é que a operação entre em vigor ainda no segundo semestre de 2022.
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