Ruptura chega a 14,14% nas lojas físicas e 36,41% no ambiente online
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 12/03/2024
Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo
Em 2023, a média consolidada de ruptura foi de 14,14% – 2,59 p.p. acima do registrado em 2022, quando esse indicador ficou em 11,55%.
Para Robson Munhoz, diretor de Customer Success da Neogrid , isso se deve pois o varejo adotou uma postura mais cautelosa com a reposição no início do ano, em decorrência ao poder de compra reduzido dos brasileiros. “Também foi possível observar a tendência do varejo dar preferência a produtos de alto giro com tíquete médio menor”, comenta.
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Dentre alguns dos fatores para esse resultado estão problemas logísticos, campanhas promocionais sem planejamento, falhas nas previsões de vendas, cenário econômico e etc. Contudo, quando analisado somente o item que mais apresentou ruptura durante cada mês, o fator preço foi destaque.
Um exemplo é o leite, sua oferta limitada no campo devido, entre outros fatores, ao clima, elevou seu preço e sua indisponibilidade nas gôndolas que chegou a 19,10% em março. Por outro lado, o ovo teve redução de preço, e mesmo assim ocupou a liderança da lista por quatro meses, de agosto a novembro, com índices que variaram entre 16,2% e 18,4%.
No e-commerce o índice de ruptura cresceu 3,21 p.p. entre janeiro e novembro, chegando a 36,41%. As seções mais afetadas foram a de peixes (59,55%), carnes e aves (50,79%) e hortifruti (48,61%).
Já em relação aos estados que mais sofreram com a ruptura online, o Norte e o Nordeste lideram os rankings. Para se ter uma ideia, o Pará alcançou 63,05%, seguido pela Bahia com 56,8% e Pernambuco com 49,17%. Em direção contrária, os estados com os melhores índices foram o Acre (28,30%), Rio Grande do Norte (29,23%) e Espírito Santo (29,61%)
Os resultados pertencem a um estudo realizado pela Neogrid que inclui análises de mais de 90 milhões de notas fiscais e 2 milhões de produtos monitorados. O material é composto também por análises das marcas Horus, Smarket, Arker, Lett e Predify.
O tíquete médio atingiu R$ 125, 34, uma alta de 19,7% ante o contabilizado em 2022. A média de itens por compra também cresceu e alcançou 17.5 itens – um aumento de 20,7%.
Analisando individualmente por seção, a cesta de hortifrúti teve queda de 13,7% na média de itens e aumento de 4,3% no tíquete médio, algo fortemente ligado às mudanças climáticas que afetaram algumas plantações e a preservação dos itens. De forma contrária, as carnes e aves tiveram uma elevação de 10% na média de itens e redução de 5,7% no tíquete médio.
Em relação aos itens mais promocionados, o café em pó de 500g, óleo de soja 900 ml, margarina 500 g e leite condensado ocupam os primeiros lugares. Outros produtos como o creme de leite, milho verde 170 g, leite em pó 380 g e creme de avelã 140 g também entraram na lista dos top 15.
Dentre as bebidas alcoólicas a cerveja 350 ml e a cerveja long neck 330 ml lideram a lista junto a cerveja 473 ml. O gin e a vodca saíram do topo e opções de vinho meio seco e suave entraram. Já nas bebidas sem álcool os refrigerantes achocolatados e energéticos foram priorizados.
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