Grupo Pereira: crescimento de 14% em 2024 e mais um passo em direção à capital paulista
POR Alessandra Morita
EM 05/12/2024
Foto: Divulgação
Para o Grupo Pereira, 2024 terminará de maneira positiva e com boas perspectivas para o futuro. A empresa deverá chegar a R$ 15 bilhões de faturamento, o que representa um avanço de 14% sobre o ano anterior. Para 2025, a expectativa é de atingir uma receita de R$ 18 bilhões, como explicou João Pereira, vice-presidente comercial e de marketing da varejista, à SA+, durante a abertura da 1ª loja em São Bernardo do Campo – 3ª no Estado de São Paulo –, quando a companhia bateu um recorde interno 4 inaugurações em um único dia.
Até 2027, a empresa vai abrir as portas de mais 40 novas lojas. Para se ter uma ideia, o Grupo Pereira conta atualmente com 132 filiais: 31 supermercados Comper, 65 atacarejos Fort Atacadista, 3 atacados de distribuição Bate Forte, 25 filiais das drogarias SempreFort, além de um Broker Nestlé, 5 agências de viagem e 2 postos de gasolina. Somente neste ano, foram cerca de 11 inaugurações.
Nesta entrevista à SA+, o empresário adiantou que em janeiro
haverá novidades envolvendo aquisições, explicou que a chegada à capital será
em breve e contou sobre diferenciais do modelo de atacarejo operado pela
varejista. Confira a seguir.
Vocês inauguraram 4 lojas em único dia. Fale um pouco sobre essa expansão e se o foco é mesmo o formato de atacarejo.
Quatro lojas num dia só, é inédito para nós. E poucas empresas conseguem fazer uma atração com essa vontade toda. Na verdade, a data limite para abrir essas unidades teria de ser hoje devido aos produtos sazonais com os quais trabalhamos. Temos que aproveitar esse fluxo agora, de começo de vendas de final de ano, para fazer comercializar os itens sazonais. Com relação às quatro lojas, é um momento muito importante para a nossa empresa. Devemos fechar este ano com cerca de 11 inaugurações, além de umas seis reinaugurações muito importantes. A empresa vem investindo muito no varejo também, na marca Comper, com a qual a gente atua em Campo Grande, Cuiabá e Brasília, e no interior do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, onde virão mais lojas este ano.
Depois disso, quais as perspectivas?
Para o ano que vem, em nosso plano de expansão, teremos em torno de 16 lojas para serem abertas. As primeiras já serão inauguradas em janeiro, em Florianópolis. Em fevereiro, abriremos na região da Grande Itajaí mais umas duas lojas e aí começam as outras, que vão até mais ou menos outubro. Até 2027, a nossa ideia é passar de 40 lojas a mais nesses três anos, todas com investimento próprio, pois a empresa já adquiriu o know-how. Hoje uma grande dificuldade dessas aberturas são gente e equipe, algo que está cada vez mais difícil. Mas temos um plano de retenção e de formação de pessoas muito grande, com muitas horas de treinamento durante o ano, sob a responsabilidade de um departamento voltado para gente. Nós, da diretoria, também cuidamos de pessoas. Afinal, atendemos gente e, para isso, precisamos de gente. Mas estamos felizes por estarmos fechando 2024 com chave de ouro. Vamos passar de R$ 15 bilhões de faturamento e, no ano que vem, chegaremos a quase R$ 18 bilhões em receita. E vêm novidades relacionadas a algumas aquisições que a gente vai fazer. Enfim, estamos no jogo.
Essa novidade chega mais ou menos quando?
Lá para janeiro, quando vamos fazer o anúncio. Será coisa boa.
Muito bom, vamos aguardar. Gostaria que falassem um pouco sobre a chegada de vocês ao Estado de São Paulo, que aconteceu em 2022, e se têm intenção de atuar na capital.
Nós entramos em São Paulo por Jundiaí, fomos para Santos e agora chegamos a São Bernardo. Estamos criando know-how para poder entrar na capital, onde muito em breve também lançaremos uma loja. Mas quando a gente olha todo esse entorno de São Paulo, há diversas oportunidades. O mercado já possui muitas lojas, mas não está saturado. Para nós, não há receio pela qualidade, preço e serviço que entregamos. Estamos ansiosos para chegar à cidade de São Paulo. Então, em breve, vai ter novidades na capital também.
A ideia é concentrar a expansão em São Paulo com o modelo de atacarejo?
Nós vamos entrar em São Paulo capital com o atacarejo, apesar de já existirem muitas lojas do formato, que trabalham bem e são nossos amigos. Mas temos alguns diferenciais para atrair o cliente nos quais acreditamos muito, sobretudo para o consumidor que quer algo diferente. Futuramente, quem sabe, a gente traga o varejo também, mas o nosso foco neste momento no Estado de São Paulo é o atacarejo.
Perfeito. E o que vocês podem dizer sobre a loja de São Bernardo do Campo?
São Bernardo é uma das principais cidades do Estado, com mais de 800 mil pessoas. A gente vinha namorando a cidade São Bernardo já há muito tempo até aparecer a oportunidade desse local, no qual fizemos uma transformação grande. O potencial de consumo aqui é muito forte, pois há uma renda muito grande. Além disso, não há nada por perto, por isso nosso objetivo é atender a população local, os nossos vizinhos, com muito carinho. Com certeza, a loja vai ser um sucesso.
Uma das fortalezas da operação do Fort é o açougue. A seção vai ser um dos chamarizes para atrair os consumidores para conhecer a loja? Quais seriam outros fatores de atração?
O nosso açougue é totalmente diferente do mercado. A carne não passa por vácuo. É uma carne fresca mesmo, com abate do frigorífico de três dias. Temos um fornecedor exclusivo em cada Estado para atender esse departamento da loja. É, sim, um grande fator de atração, bem como a nossa padaria, que é completa e totalmente no modelo autosserviço. Essas áreas são diferenciais, mas quando você pega uma loja como essa, temos um hortifrúti de hipermercado pela qualidade que oferecemos. Você entra numa seção de perfumaria, que também é de hiper. Portanto, são alguns setores muito importantes, principalmente para a mulher. Mas, e o homem? Tem uma seção de vinhos, em que 80% dos produtos são marcas nossas, que importamos, com preços muito atrativos e igualmente de muita qualidade. Ou seja, é um atacarejo diferente, com opções para todos.