Em meados de março, o setor supermercadista foi surpreendido com a corrida de clientes às lojas, preocupados com eventual desabastecimento em razão do avanço da pandemia de Covid-19. Dificuldades de reposição em tempo suficiente eram naturais naquele momento. Quarenta dias depois, o varejo alimentar parece ter falhado nas tentativas de resolver definitivamente o problema.

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É o que indica monitoramento da Neogrid , que acompanha diariamente o cenário da ruptura no varejo alimentar brasileiro, com base em dados de 20 mil lojas de todo o País. Atualização de ontem (04/05), mostra índice médio preocupante de falta de produtos: 12,1%. O cenário atual da ruptura é pior do que no momento de pico de vendas, quando atingiu 11,8% no dia 23 de março.

Álcool de limpeza e álcool em gel são os campeões de ruptura, com índices de 41,23% e 40,44%, respectivamente. Esses itens continuam com forte aumento de vendas (+76,8% e +233%), o que mostra continuidade da preocupação dos shoppers com limpeza doméstica e higienização das mãos.

Leite longa vida, mais uma vez, é líder em falta de estoque entre os alimentos: 20,32%, apesar de as vendas terem caído -1,7%. O produto tem sido alvo de queda de braço entre varejistas, fornecedores e produtores, em razão do aumento nos preços registrado em diversas regiões brasileiras.

Outras cinco categorias apresentam ruptura acima de 15%. São elas: toalha de papel, industrializado de carne, frango, fermento e sabão em pedra. Dessas, duas se destacam pelo avanço expressivo em vendas neste momento, de acordo com a Neogrid: fermento (+81%) e toalha de papel (+32,8%).

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