Levantamento mostra que executivos estão ”dançando conforme a música”

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Reportagem SA+ -

Pesquisa, realizada com 27 mil profissionais, mostra o perfil ético dos brasileiros nos últimos dez anos

Foto: istock

Pesquisa realizada pela consultoria de gestão de riscos ICTS Protiviti mostra que desde 2017 vem acontecendo uma mudança no perfil dos executivos. O executivo considerado “predador”  tem perdido espaço para um profissional mais flexível, “aquele que dança conforme a música”. Ele não é antiético por natureza, mas pode ser influenciado a cometer atos que envolvam suborno, fraude ou apropriação indébita de ativos da companhia.

Isso é o que a mostra a 5ª edição do estudo “Perfil Ético dos Profissionais das Corporações Brasileiras”, realizado pela ICTS Protiviti. Nela, foram analisados o comportamento de 27.249 profissionais, que passaram por entrevistas de emprego em mais de 500 empresas nos últimos dez anos. Entre eles, 66% eram homens e 76% buscavam cargos de gestão.

De acordo com a diretora-executiva da ICTS Protiviti, Heloisa Macari, alguns fatores combinados explicam o aumento de executivos com esse perfil mais flexível à corrupção nos últimos anos. “Por um lado, vimos o aprofundamento da crise econômica, o surgimento da pandemia, a instabilidade e o medo de perder o emprego e prover a família. Do outro, vimos a falta de sustentação dos programas de compliance nas empresas, que ajudam a coibir esse tipo de comportamento”, explica.

Mas a queda do número de executivos antiéticos, com alta flexibilidade moral, que passou de 11% para 1% nos últimos dez anos, segundo ela, é um avanço. Já o percentual que representa o grupo que é suscetível a agir fora da lei por influência do ambiente está acima dos 70% desde 2017. “Um controle menor por parte das companhias ajudou a manter esse número elevado”, afirma, acrescentando que “isso aumentou a probabilidade também de o indivíduo ser conivente com as irregularidades”.

Outra constatação é de que os profissionais estão mais resistentes para denunciar ilícitos. Em 2020, 30% disseram ter dúvidas se delatariam algo errado. Metade, inclusive, afirmou no primeiro ano da pandemia que analisaria uma oferta de suborno. “A maior parte dos atos de corrupção envolve gestores, então se a empresa não assegura que o profissional não sofrerá retaliação ou perderá o emprego com a denúncia, a pessoa não se arrisca”, diz a consultora.

De acordo com Heloisa, o antídoto para acabar com esses comportamentos nocivos nas companhias passa por investimentos e um reforço na área de compliance e também pela comunicação. “É preciso deixar claro que tipo de comportamento não é tolerado e o que acontece com quem infringe as regras de conduta na organização”.

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Fonte: Valor Econômico

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