Foto: Divulgação

O Grupo ABC mantém seu plano de expansão para os próximos anos e mira a entrada em novos segmentos. Em entrevista ao O Tempo, Thulio Fernandes Martins, diretor do Grupo, afirma que a estratégia é chegar a 100 unidades nos próximos três anos. A empresa encerra o ano com a abertura de 12 unidades, sendo 11 atacarejos e 1 supermercado de vizinhança. Com essas inaugurações, a marca entra em cinco novos municípios, totalizando presença em 40 cidades.

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Para 2023, a ideia é manter a meta de 12 novas lojas, entrando em mais cinco cidades e reforçando presença nas 40 onde já atua. Desse total de unidades, 8 serão atacarejos e 4 supermercados de vizinhança.

Para o executivo, atacarejo é a “bola da vez”, principalmente em um ambiente de alta inflação, mas ele acredita que ainda há muito espaço no varejo, desde que ele seja atualizado. “O consumidor vai no varejo em busca de um serviço melhor, um mix melhor... Consumidor não quer mais lojas antigas e hipermercados grandes, ele quer uma loja menor, mas com bons serviços e com bom mix. Acreditamos muito na força da vizinhança”, afirma.

De acordo com Martins, antes da abertura de novas lojas o Grupo faz um estudo profundo sobre o município, o bairro e a economia local para definir o local e, com um robusto planejamento a companhia consegue entregar 12 novas lojas no ano. Ele ressalta ainda que as macrorregiões são consideradas por fazerem uma complementaridade logística. “A logística hoje é muito importante, fazemos esse desenho do planejamento, o Estado é muito grande e a gente tenta adequar logisticamente onde faz sentido, onde a economia tem capacidade de receber o investimento. Como temos vários formatos, estudamos para colocar o investimento que atende o público de cada região”, explica.

O executivo conta que um ponto estratégico para o sucesso da loja é a escolha de fornecedores locais. O fato de atuarem em várias regiões, as marcas e os costumes são diferentes e é preciso estar atendo a isso. Ele lembra que a companhia tem como princípio privilegiar o fornecedor local, para atender o cliente e movimentar a economia local.

Novo segmento

A experiência bem sucedida com o cartão de crédito vai servir de base para a nova estratégia da empresa: banco digital. “Nossa expertise com cartão de crédito permite esse avanço. Temos estudos avançados sobre banco digital, faz todo o sentido”, afirma, revelando que essa é uma estratégia de médio a longo prazo. “Tem que ser muito bem estudado e planejado para não ser mal executado. Esse tema envolve muita questão tecnológica, e isso não é barato, precisa ser assertivo”.

Faturamento em alta

De acordo com Martins, para este ano o faturamento do Grupo deve passar a marca de R$ 4,1 bilhões e a ideia é seguir em expansão para 2023 e 2024.  “Esse faturamento teve crescimento expressivo, vamos crescer 28%. Percebemos que após pandemia o consumidor final voltou para lojas com vontade, a gente vê os tíquetes aumentado e as visitas as lojas crescendo”, revela.

E-commerce

O executivo ressalta que a pandemia trouxe grandes aprendizagens, desde a relação com os colaboradores até o atendimento ao consumidor. “Aprendemos muito, tivemos que nos reiventar, principalmente na relação com pessoas, esse foi o maior desafio, motivar liderança e colaboradores”, avalia.

Martins ressalta ainda o aprendizado em atender o cliente por outros canais. “Aprendemos muito e passamos a atender o cliente por outros canais, como e-commerce, que era um serviço que a gente tinha, mas não estava 100%. Temos que estar onde o cliente quer estar e prestar um bom serviço”, revela.

Ele ressalta ainda que vê oportunidade de crescimento das vendas digitais, principalmente junto ao consumidor mais jovem, que está acostumado com tecnologia.

Marca própria

O Grupo já trabalha há sete anos com marca própria e pretende ampliar essa linha de produto com qualidade e preço competitivo. De acordo com o executivo, é possível ter qualidade com preços entre 5% e 10% mais baratos do que os produtos mais caros.

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