20/02/2025
Grandes redes aceleram na expansão mas crescimento do varejo alimentar é puxado pelas regionais
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 04/10/2022
Foto: Divulgação Super Nosso
As maiores empresas do varejo alimentar estão pisando no acelerador a partir de aquisições, conversões e expansão orgânica. É mais uma variável na dinâmica de concorrência do autosserviço, que, de forma geral, cresce puxada sobretudo pelas redes regionais.
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Para se ter uma ideia, as empresas de atuação nacional saíram de uma participação de 36,1% para 25,5% de 2006 para 2021, enquanto as regionais saltaram de 63,9% para 74,5% no mesmo período. “A regionalização tem muita força no setor”, afirmou Vinicius Aroeira, CFO do Super Nosso , durante evento realizado pela XP na semana passada.
Segundo especialistas, redes como Carrefour , Assaí e GPA , correm atrás para se consolidarem em praças onde os regionais dominam o mercado e conhecem muito bem o consumidor, com um diálogo mais próximo.
Danniela Eiger, analista de varejo da XP, disse que os grandes grupos estão acelerando e se consolidando, mas que não se trata de uma questão de tamanho, e sim de cultura, já que as realidades de cada região são muito diferentes.
Com expansões aceleradas, o GPA aposta nas lojas de proximidade e já aumentou a meta de 100 para 250 unidades até 2025. A especialista da XP ressaltou que, em sua opinião, a decisão do Grupo foi assertiva e que cada vez mais teremos players focados em uma proposta, relembrando a separação do Mambo do atacadista Giga .
Entretanto, ao mesmo tempo que as gigantes se movimentam, as redes regionais, que já possuem muita força em seus mercados, seguem ousadas em suas metas. O Grupo Mateus , por exemplo, marca presença em seu território. Somente neste primeiro semestre abriu 20 lojas e expandiu sua atuação para os estados do Ceará, Sergipe e Paraíba, onde estreou ontem na cidade de Sousa. A empresa atua nos formatos varejo e atacarejo em oito estados do nordeste, além do Maranhão, e quer chegar em Alagoas.
O Super Nosso também tem planos para as duas frentes, apostando no cash & carry e em supermercados e lojas de proximidade, além de considerar entrar em novas praças, como Brasília (DF) e Vitória (ES). O objetivo é ampliar sua base de 1 milhão para 10 milhões de clientes.
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