Entenda o erro do Uber no programa de caminhões autônomos
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 03/08/2018
Um investimento anunciado com muito alarde não vingou e foi encerrado nesta semana. O Uber confirmou ter desistido do seu programa de caminhões autônomos, aqueles que se locomoviam sem motorista.
O investimento começou em 2016 quando a líder mundial em aplicativos de automóvel adquiriu a startup Otto , fundada por Anthony Levandowski, ex-engenheiro do Google. Em um primeiro momento, foi informado que o negócio havia sido fechado por US$ 680 milhões. Meses depois, reportagens nos EUA informaram que a aquisição, na verdade, havia custado bem menos: US$ 220 milhões, o que suscitou dúvidas sobre o negócio.
No mesmo ano, o programa ganhou notoriedade depois que um caminhão transportando 50 mil latas de cerveja percorreu, sem motorista, um trecho de 200 km. Parecia o passaporte para o sucesso, no entanto o programa não resistiu a outra denúncia de falta de transparência.
Levandowski, criador do programa, foi acusado de roubar tecnologia dos carros autônomos da Waymo, uma divisão do Google. Por se negar a colaborar com o caso judicial, o engenheiro acabou demitido pelo Uber.
A empresa continuará investindo em seu projeto de carros autônomos. Outra aposta que pode vingar é o recém-lançado aplicativo Uber Freight, criado para conectar caminhoneiros a empresas que necessitam de transporte de cargas.