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29/08/2025
Dispersão de preços no varejo gera diferenças de até R$ 3 mil ao ano nas compras
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 19/09/2022
Foto: Stock Adobe
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) mostra que a dispersão de preços no varejo gera diferenças de até R$ 3 mil ao ano nas compras do consumidor. O levantamento foi feito em 698 estabelecimentos de seis capitais: Belém (PA), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Os técnicos analisaram mais de 92 mil preços colhidos em hipermercados, supermercados e lojas com descontos (hard discount).
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Foram analisados dois tipos de cesta de consumo, uma formada apenas por produtos de marcas líderes e a outra mais econômica, sem marcas definidas. Na cesta econômica, o destaque foi o Rio de Janeiro, onde a economia chega a R$ 3.035,40 de diferença por ano. Em São Paulo, a diferença é de R$ 2.888,76, seguido de Salvador, com R$ 2.279,64, Porto Alegre com R$ 1.710,12, Belém, R$ 1.655,54, e Goiânia, R$ 1.155,12.
Já quando considerada a cesta com os líderes de marca, a diferença de preços entre mercados diminui, mas se mantém significativa. A variação anual é maior em São Paulo, com R$ 2.265,60, caindo para R$ 2.231,40 no Rio de Janeiro e R$ 1.250,52 em Goiânia. Em Belém, a economia chega a R$ 1.195,12, R$ 1.167,12 em Salvador e R$ 941,52 em Porto Alegre.
De acordo com Mariana Rinaldi, especialista da Proteste, os consumidores que pesquisam preços com frequência são menos suscetíveis a grandes variações, pois conseguem distinguir quando um produto, realmente, está mais caro ou barato.
“É preciso considerar que a precificação no varejo é muito dinâmica por ser facilmente impactada por uma série de aspectos, como a movimentação da concorrência, sazonalidade da produção e conjuntura macroeconômica, por exemplo. Até mesmo a região na qual um ponto de venda está localizado influencia o preço final dos produtos, destacou.
A pesquisa destaca alguns produtos pela diferença de preços, como a esponja dupla face no Rio de Janeiro, que apresentou variação de 443% sem considerar a marca, variando de r$ 2,19 a R$ 5,99. Em São Paulo a maior variação foi verificado no quilo do limão, de 487%, entre R$ 1,99 e R$ 5,99.
Já na cesta com líderes de marca, em Salvador, a lã de aço foi encontrada entre R$ 1,58 e R$ 4,05, uma diferença de 156%. Em Porto Alegre, também entre os produtos de marcas definidas, o quilo de mandioca variou entre R$ 2,98 e R$ 7,89.
De acordo com a executiva, os itens com maior variação são justamente os de uso corriqueiro, como os da cesta básica, produtos de limpeza, hortifrúti e proteínas. Segundo Mariana, é possível perceber uma tendência nos consumidores de adaptação na lista em busca de marcas mais econômicas. “Essa movimentação deve-se a razões estruturais, como desvalorização cambial, alta dos combustíveis e fretes, além da subida da inflação, fatores que reduziram o poder de compra e o valor do dinheiro”, declarou.
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