Procter está monitorando tudo

Sheila Hissa -

Empresa investe forte para entender novas necessidades do shopper brasileiro

Neste momento de crise, a P&G acelera o que chama de Social Listening (conversas online com consumidores), analisa rotineiramente benchmark de outros países e faz curadoria de informações públicas para atender melhor consumidor e o varejo A informação é de Marcos Bauer (foto), diretor de A&I da companhia. Segundo ele, a empresa também vem consolidando os comentários públicos na internet para entender o que o brasileiro deseja, ainda que não declaradamente. “Percebemos, por exemplo, que futuras mães estavam tristes por não fazer chá de bebê. Decidimos então criar uma plataforma para ensinar as mães a promover o encontro online e assim comemorar e ganhar as fraldas e outros produtos”, conta o executivo.

O e-commerce do varejo alimentar também está sendo analisado com mais atenção. As equipes de vendas, inteligência de mercado e desenvolvimento de categorias monitoram diariamente o que vem sendo feito no mercado para recomendar ações aos supermercadistas. “As categorias da P&G tinham baixa penetração no e-commerce, mas agora não param de crescer e esse movimento deve se manter”, comenta o diretor. “Os shoppers que estão tendo uma boa experiência de compra, graças ao CRM, não vão querer mais mudar de canal”, acredita.

O monitoramento de ruptura também está sendo diário para abastecer rapidamente as gôndolas. E Bauer pontua que o desenvolvimento de categorias sob o olhar das mudanças de comportamento do shopper será ainda mais vital para os negócios. “Estamos acompanhando tudo para antecipar necessidades e ajudar o varejo a ter um desempenho cada vez melhor com nossos produtos”, afirma