Foto: Divulgação

O Atacadão , atacarejo do Grupo Carrefour, tem crescido abaixo do ritmo do Assaí e Grupo Mateus. Segundo analistas, um dos motivos é a dependência da rede com a venda para empresas – uma demanda que cresce lentamente em relação às vendas para consumidores finais. Para se ter uma ideia, 60% das vendas do Atacadão são para pessoas jurídicas e 40% para pessoas físicas, enquanto no Assaí esse percentual é meio a meio.  

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Segundo Eric Alencar, diretor vice-presidente de finanças do Carrefour, a empresa deveria ter começado a adicionar serviços ao atacarejo mais cedo, frente aos resultados obtidos nas lojas onde as alterações foram implementadas. Até o final deste ano, a empresa deve lançar serviços adicionais para aproximadamente um terço das 361 lojas em operação.

Durante o encontro virtual com a equipe de análise Goldman Sachs, o executivo também acrescentou que a volta da inflação ajudará a empresa no crescimento das vendas para os comerciantes. Isso se deve principalmente pelo fato de que durante períodos de deflação empresas reduzem seus estoques e compram mais “em cima da hora”, em busca dos menores preços. Contudo, com a retomada da inflação, pessoas jurídicas começam a recompor seus estoques em ritmo normal. 

Alencar comentou ainda sobre como as conversões do Big para o hipermercado têm tido um ramp up mais lento do que o esperado. 

Em 2023 o Atacadão teve alta de 6,1% na receita líquida e nas mesmas lojas recuou 1,1%. Já o Assaí, avançou 22% e 1,6%, enquanto o Mateus cresceu 31% e 5,8%, respectivamente, frente a 2022.

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