Mercado Livre revela que 80% dos produtos mais vendidos na Black Friday foram de supermercados

Reportagem SA+ -

Categoria cresceu 540% em volume ante o mesmo período do ano passado

Foto: Divulgação

Levantamento do Mercado Livre mostra que de cada 10 produtos vendidos na Black Friday, oito foram de supermercados. Isso representou um crescimento de 540% em volume e 310% em GMV (valor bruto da mercadoria), ante o mesmo período de 2020. Foram produtos de parceiros como GPA, Nestlé, Ambev, Heineken, Big, entre outros.

De acordo com Fernando Yunes, que lidera a operação do Mercado Livre no Brasil, a inflação levou o consumidor a priorizar itens do dia a dia. "As famílias com o poder aquisitivo pressionado queriam trocar de celular e resolveram segurar mais um pouco. Decidiram pegar promoções de itens de gasto recorrente, como papel higiênico, alimentos em bastante volume, produtos de cozinha, de limpeza, comida de pet", afirma Yunes. A plataforma representa cerca de 30% das vendas no mercado digital.

O executivo avalia ainda que em relação aos preços, pode haver a percepção de que o evento não teve grandes descontos, mas a indústria e os varejistas se esforçaram. "Quando o preço sobe 20% e, na promoção da Black Friday, o desconto é de 20%, o consumidor final —que não está preocupado com os custos, com a matéria-prima e com o dólar— pensa que é o mesmo preço de um tempo atrás."

Segundo Yunes, a plataforma ganhou participação de mercado. Dados do ecommerce apontam para crescimento de 5% a 6% no faturamento da Black Friday neste ano. Com o desconto da inflação, no entanto, as vendas ficaram até 5% menores na comparação com 2020.

Quer ter acesso a mais conteúdo exclusivo da SA Varejo? Então nos siga nas redes sociais:                                                                                                                                                                                                      ,                                                                                                                                                                                                     e                                                                                                     

Fonte: Folha de S.Paulo