Fechamento de supermercados na fase mais aguda da pandemia preocupa o setor

Reportagem SA+ -

Em alguns locais, as lojas estão autorizadas a vender por delivery e, em outros, as restrições de horário começam a apertar


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Alguns governos municipais e estaduais já estão travando o atendimento de supermercados na tentativa de controlar a contaminação acelerada pela Covid-19. A ideia é evitar visitas às lojas e incentivar as compras online. Essas decisões, contudo, foram contestadas ontem (17/03) por associações que representam o varejo alimentar e a indústria de alimentos.

Em comunicados oficiais, as associações alegam que a maior parte da população não tem condições financeiras de comprar por delivery e de estocar alimentos essenciais. Também lembram que essas medidas, assim que anunciadas, levam a uma corrida de pessoas às lojas o que gera ruptura de produtos essenciais para todos.

Elas também reforçam que toda a cadeia de abastecimento se reorganizou para atender o consumidor durante a pandemia, diminuindo filas, aglomerações, sinalizando distanciamento e oferecendo álcool para higienização, entre outras iniciativas.

A Abia , associação que reúne indústrias de alimentos, também manifestou preocupação com o eventual fechamento de fábricas. Em seu comunicado divulgado ontem afirma: "as atividades de produção, distribuição e transporte de alimentos, bebidas e dos insumos necessários à produção são consideradas essenciais desde a primeira edição do Decreto Federal nº 10.282/20. Qualquer interrupção no funcionamento das fábricas, ainda que parcial, traria efeitos negativos não só para a produção, mas também para o armazenamento de matérias-primas perecíveis". A associação também apontou os riscos de desabastecimento.