Operação, no entanto, exige alguns cuidados, como o controle de ruptura. Confira experiências bem-sucedidas
A venda online é uma das mudanças mais claras para o varejo na crise. O consumidor correu para o canal a fim de comprar alimentos, usando o site das próprias redes ou por meio de aplicativos de delivery, como o Rappi .
Em muitos casos, o boom de procura registrado nas primeiras semanas da quarentena levou varejistas a montar suas operações digitais em dias.
Entre as empresas que planejaram sua entrada no canal em função da explosão de demanda, está o Verdemar , 15 lojas em Minas Gerais, que em breve terá seu e-commerce. Já o Savegnago , com 47 unidades no interior de São Paulo, acumulava quase seis anos de experiência no comércio eletrônico. No período, a varejista viu sua operação online alcançar em dois meses o tamanho planejado para ser atingido em dois anos. Hoje, o faturamento representa uma loja física.
O Giga Atacado , por sua vez, tem o aplicativo Rappi como parceiro. André Nassar, seu CEO, explica que a rede de cash & carry, que conta com 10 filiais, reforçou sua atuação, colocando inclusive a própria equipe para separar os produtos nos momentos de pico. Com isso, metade da operação fica a cargo do Rappi, que continuou responsável pelas entregas. Outra iniciativa da empresa foi um projeto-piloto para capturar venda no WhatsApp, a exemplo do que varejistas menores também fizeram.
JOSÉ SARRASSINI
Diretor Comercial do Savegnago (SP), 47 lojas
Ruptura na venda online
Assim como no offline, a ruptura também assombra o comércio eletrônico de alimentos. Com um agravante: na loja física, o cliente já decide na hora se vai levar um produto substituto e qual será ele. Segundo José Sarrassini, diretor comercial do Savegnago, uma das iniciativas para evitar o problema é não subir para o site itens com menos de um dia de estoque. Outra medida é fazer a substituição por um produto com qualidade e preço iguais ou até superiores, sem cobrar a diferença.
Pedidos multiplicam
Venda online atraiu novos clientes e procura explode
100 pedidos
Eram atendidos por dia no e-commerce da rede Savegnago
2000 pedidos
Foi quanto a venda online diária da rede atingiu no pico da pandemia
1300 pedidos
É quanto a rede mineira Super Nosso atingiu, por dia, nas semanas iniciais da quarentena. Antes, eram 300 diariamente
EULER NEJM
CEO do Grupo
Super Nosso
(MG), 50 lojas
Esta matéria integra reportagem especial de SA Varejo sobre transformações profundas, quebra de paradigmas e evoluções no varejo na pandemia que permanecerão gerando impactos. Clique nos links para conferir todos os textos:
Loja física deve oferecer objetividade na jornada de compra
Consumo sem sair de casa continua forte
Em algumas categorias, nível de consumo deve seguir acima do período pré-Covid
Concorrência digital avança sobre as vendas de alimentos
Colaboração entre varejo e indústria ganha produtividade
JBP vive adaptação à nova realidade
Promoções devem ser mais simples e diretas
Varejo e indústria precisarão revisar sortimento
Ruptura: novidades na busca por índices menores
Expansão exige precisão cirúrgica
Fluxo de caixa: é hora de maior disciplina na gestão
Novo shopper exige transparência e confiança do seu supermercado
Relação com funcionários passa por mudanças rápidas
Aliar experiência a novos aprendizados é fundamental aos empresários do setor