Caminhoneiros ameaçam greve no início de fevereiro

Reportagem SA+ -

De acordo com representante do setor, paralisação pode ter mais adesões do que em 2018

Foto: iStock

Grupos de caminhoneiros preparam paralisação para o dia 1o de fevereiro. A intenção foi confirmada nesta semana, em uma assembleia que reuniu entidades como o Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB). A ideia também tem sido amplamente discutida em grupos de whatsapp.

“Vamos parar nacionalmente e a paralisação dessa vez vai ser maior do que a de 2018”, afirmou José Roberto Stringasci, presidente da ANTB, ao portal Exame.  Entre as principais reinvindicações da categoria aparece o cumprimento de preço mínimo em cada frete, medida acordada com a equipe do então presidente Michel Temer, em meio às negociações para encerrar a greve ocorrida há dois anos, porém questionado no STF pelo setor de agronegócio.

Outro ponto considerado crucial é o preço do diesel, que chega a impactar em 50% a 60% dos custos do transporte nacional rodoviário. A categoria exige uma nova política para a definição dos valores. "Queremos preços nacionais para os combustíveis, com reajuste a cada seis meses ou um ano. Essa é uma das maiores lutas nossas desde 2018, e até antes, e até hoje", destacou Stringasci em entrevista à CNN .  

Em 2018, a greve dos caminhoneiros teve forte impacto no abastecimento dos supermercados e, claro, nas vendas de varejo e indústria, com reflexos no PIB. Depois disso, a categoria chegou a considerar novas paralisações que não se efetivaram. Vale acompanhar o desenrolar da situação nas próximas semanas para avaliar a necessidade de eventual reforço nos estoques de produtos.