Economistas pontuam que combustível mais caro causa aumento no valor do frete, que depois é repassado aos produtos
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O preço dos combustíveis foi novamente reajustado nas refinarias. Enquanto a gasolina teve aumento de 8%, o óleo diesel ficou 6% mais caro. O litro de diesel teve uma alta de R$ 0,13 e passou, em média, a custar R$ 2,24. Especialistas afirmam que deve haver um efeito cascata de aumentos para além do combustível. De acordo com Hélio Schneider, superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), quando o diesel sobe, o mesmo ocorre com os preços dos alimentos, por exemplo.
Ele lembra que o transporte dos alimentos é rodoviário, por caminhões, abastecidos pelo diesel. Quando o combustível fica mais caro, as transportadoras aumentam os valores do frete. Com isso, os supermercadistas acabam reajustando os preços dos produtos.
Segundo ele, a previsão é de que os preços dos alimentos comecem a ser remarcados em cerca de 25 dias. “Os produtos transportados de média e longa distâncias devem ser mais influenciados. Alguns exemplos são o feijão, arroz e o óleo de soja, que vêm do Sul e Centro-Oeste”, afirma.
Opinião semelhante é compartilhada pelo economista Ricardo Paixão. Para ele, especialmente os estabelecimentos menores vão ter que repassar a alta do preço dos fretes para os produtos na loja. “Uma ou outra rede maior, que tenha fechado contrato de longo prazo com as transportadoras, poderão segurar esses preços. Mas de forma geral, a maior parte terá que reajustar”, afirmou.