Ovos produzidos sob conceito de bem-estar animal são tendência no Brasil e em diversos países
A Mantiqueira , maior produtora de ovos do país, não construirá mais nenhuma granja em que as galinhas fiquem em gaiolas. O compromisso, que vai ao encontro do que defendem entidades dedicadas ao bem-estar animal, é do empresário Leandro Pinto. Ele acredita que as galinhas mais livres são, além de adequadas ao espírito dos novos tempo, mais rentáveis.
A empresa que ele comanda investirá cerca de R$ 100 milhões na construção de duas novas granjas livres de gaiolas em Lorena (SP) – onde as obras já estão em andamento – e em Campanha (MG). A intenção é que um terço da produção da Mantiqueira esteja sob esse conceito até 2025.
Das granjas atuais da empresa, apenas a de Cabrália Paulista (SP) é dedicada à produção de ovos sem utilização de gaiolas. Em média, o produto que sai dessa unidade é 40% mais caro que o ovo produzido pelo método comum. De acordo com o empresário, os ovos que serão produzidos em Lorena (SP) a partir de 2021 serão premium não apenas pelo modelo de criação, mas também pela ração enriquecida com ômega 3 e selênio, entre outros nutrientes.
Tendência sem volta
Grandes empresas de alimentação já estabeleceram prazos para deixar de adquirir ovos oriundos de galinhas engaioladas. É o caso do McDonald's, que vai rejeitar produtos com esse perfil a partir de 2025. No varejo alimentar, o Carrefour já definiu que todos seus ovos de marca própria serão livres de gaiolas até 2025 e que os demais fornecedores deverão se adequar até 2028 para continuar com seus produtos nas prateleiras da rede.
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