Entenda o cenário atual da expansão por formatos

Fernando Salles - Fernanda Vasconcelos - redacao@savarejo.com.br -

Apesar do avanço do atacarejo, duas a cada três novas lojas no Brasil ainda são supermercados

Das 236 unidades abertas no ano passado pelas empresas acima de R$ 50 milhões/ano de faturamento, 68% são supermercados e 31% atacarejos. A tendência é de que, em 2019, os super continuem à frente, puxados principalmente pelas redes regionais. Segundo os consultores, a maior parte das inaugurações acontecerá fora das grandes capitais, onde há mais espaço para lojas de maior porte do formato. Já nas grandes cidades, a aposta se intensificará sobre o segmento de proximidade, que pode oferecer maior rentabilidade, apesar do desafio da logística complexa.

Atacarejos x Redes Regionais

Foco das gigantes do setor, o atacarejo também atrai as redes regionais, mas exige um maior investimento em terreno ou locação de imóveis, que precisam ser grandes e, portanto, têm oferta escassa. “Apesar disso, o formato é mais fácil de gerenciar, pois conta com sortimento enxuto, concentrado sobretudo em itens de maior giro”, afirma Alexandre Marciano, vice-presidente da Cosin Consulting . Embora ainda atraia o consumidor, pelo preço baixo, o ritmo de crescimento do cash & carry deve diminuir nos próximos dois a três anos – tanto em vendas quanto em aberturas. Segundo especialistas, em algumas localidades já se começa a observar saturação do modelo. Soma-se a isso o fato de que outros atributos também pesam na escolha do shopper, como conveniência, variedade, serviços e exposição adequada. É bem provável que, nesse cenário, as redes regionais, que operam sobretudo supermercados e estão cada vez mais preocupadas com o avanço do atacarejo, ampliem sua vantagem competitiva. “Em um mercado em que se nota, nos últimos anos, forte segmentação do consumidor e o abandono de modelos únicos, é improvável que o cash & carry elimine ou se sobreponha às redes regionais”, afirma Alexandre Horta, business partner da Wave Group . Caso contrário, exemplifica, não faria sentido o GPA converter parte de suas lojas de supermercado na bandeira Comprebem , reformatada justamente em um modelo semelhante ao da operação das redes regionais.?

Crescimento em vendas por tipo de loja

A expansão puxou o crescimento no faturamento, que atingiu R$ 492 bilhões em 2018, com exceção do segmento de hipermercados, que teve queda nas vendas. Outros fatores também contribuíram, como, no caso do cash & carry, a maior procura por preço baixo.

 

Confira também:

Parte 1: 

https://www.savarejo.com.br/detalhe/negocios /expansao-a-que-custo

Parte 2:

https://www.savarejo.com.br/detalhe/negocios /antes-de-abrir-lojas-garante-eficiencia-na-operacao/

 

* Descontada a inflação média de 2018, de 3,66%, calculada com base no IPCA Fonte: Pesquisa Maiores Varejistas 2019

 

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