Avaliação:
(0 Avaliações)Quantiz - 06/07/2020
Muitos! E essa é a grande complexidade de formar preços e gerir preços de forma estratégica, ainda mais querer fazer isso manualmente utilizando regras básicas para todos os produtos e lojas. Enfim, temos que levar em conta nossos clientes e a demanda do mercado. Também temos que pensar nos principais concorrentes e monitorar suas principais ações, embora sem necessariamente ter que seguir tudo o que ele faz, aliás, é um erro seguir cegamente movimentações de preços da concorrência sem entender razões ou estratégias do outro. É preciso olhar para dentro de casa e conhecer bem nossas estratégias, custos, estoques, giro, elasticidade de preços, etc. para saber quais momentos devo ser mais ou menos agressivo e finalmente aspectos fiscais e legais, pois vivemos num país onde as regras mudam constantemente e precisamos estar atentos às oportunidades que surgem com essas movimentações. Como fazer tudo isso de forma otimizada manualmente? Impossível. Por isso que grandes redes já optaram por usar software de otimização de preços e esse caminho não terá volta. Principais redes de varejo do mundo seguem modelagens de preços dinâmicos. E o que parecia inacessível para a grande maioria, deixa de ser com o lançamento do OKAPI no mercado.
O sucesso de uma empresa está diretamente ligado ao lucro que é gerado por ela?
Na ótica de pricing, o principal indicador que usamos para medir a saúde de uma empresa é sua margem de contribuição absoluta (em reais). Medir o percentual de margem é interessante, mas relativo, pois podemos ter uma margem percentual alta, mas com um volume de vendas baixo, e isso não irá maximizar sua margem em reais absoluta, que é o dinheiro que sobra para pagar os custos fixos e deixar o lucro líquido. Porém, da margem de contribuição até o lucro líquido existem várias linhas no DRE, tais como custos de administração, aluguéis, custos financeiros, e outros custos fixos. Portanto, não basta a empresa fazer uma boa precificação se negligenciar demais aspectos da gestão. Um erro bastante comum é níveis de estoques muitos altos o que gera custos financeiros e de armazenamento bastante elevados reduzindo o resultado líquido. Entendo que alguns varejistas preferem investir em estoques do que em aplicações financeiras, mas essa conta precisa estar sendo muito bem feita pois pela nossa experiência um produto com margem altas mas com giro de mercadoria baixo e estoque alto, muitas vezes acaba sendo um item de prejuízo ao lojista mesmo ele achando que apenas por ter uma margem alta gera lucro.
Agora, todo empresário deveria ter objetivos que transcendam apenas a parte financeira. O resultado da empresa deveria ser uma consequência de algo maior, tal como servir seus clientes de forma exemplar, desenvolver categorias, criar um bom ambiente de compras, etc. E, ao executar bem a visão e estratégia do lojista, este terá o sucesso medido não apenas em termos financeiros, mas também em outros objetivos que tenha definido para seu negócio.
